sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Geladeira natural

Tem algumas coisas que são obvias mas que nos surpreendem por falta de vivencia.

Dias atrás, antes mesmo da neve cair aqui em Bonn, Alemanha, eu estava na sala de casa e olhava o sol brilhando pela janela, o que é um milagre no inverno daqui. Enfim, de repente notei que no terraço havia um engradado de refrigerantes e que estavam ao sol. Logo pensei: Meu, porque o dono da case deixou o refri lá fora. Vai esquentar debaixo desse sol. Tem que por na geladeira.
Então, estávamos a -2°C, mas com sensação de -4°C (rs). Ou seja, lá fora estava mais frio que a própria geladeira. Mesmo assim, quando bebi um gole ainda me surpreendi com o gostinho gelado da Pepsi. (rs)

Era óbvio, mas estranho!

sábado, 12 de janeiro de 2013

Ingressos Grátis. uhuuuuuu



Está ai uma coisa bem legal!

Quando você vai morar numa cidade aqui da Alemanha você precisa se registrar na prefeitura. Só para controle deles. Saber quem mora na cidade, por quanto tempo as pessoas vão ficar, o que vão fazer etc. Não, não se trata de controlar cada passo, apesar de isso ser útil para combater imigrantes ilegais. Creio que seja bom para o planejamento. Assim o governo não precisa esperar o “CENSO” para saber como estão as coisas. rs

Além disso, cabe ressaltar a organização daqui. Primeiro pensei que seria muito complicado fazer isso, perda de tempo etc. Mas nada disso. Me cadastrei no site da prefeitura, preenchendo um simples formulário e marquei data e hora de comparecer a central de registro. Cheguei ao local 10 minutos antes e fui logo atendido. Em menos de cinco minutos estava livre. Não, não foi sorte. Meu amigo também fez isso e tudo ocorreu da melhor forma possível. Eficiência num órgão do governo, isso precisa ser copiado no Brasil.

 Enfim, o principal que quero dizer é que aqui em Bonn os visitantes que se registram recebem um monte de cupons para visitar gratuitamente lugares cultura da cidade. Principalmente museus. 
Ótima iniciativa! Sim, por uma lado eles perdem o valor da entrada destas pessoas, mas vamos morar aqui por um tempo, vamos consumir de qualquer forma, faremos parte da cidade e vamos falar das coisas daqui para os outros.

Não acho que a distribuição de entradas gratuitas precise ser copiada, mas gostei da ideia. Estimula a busca pela cultura.

Bora visitar a casa de Beethoven?  ;-)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

FDP tem em todo lugar do mundo

Até o fim deste texto tenho a intensão de justificar o título, ok?

Sabe aquele momento em que acontece algo de ruim, injusto e a gente fala “tinha que ser no Brasil” e coisas do tipo. Então, isso também acontece na Alemanha e creio que em todo lugar do mundo. 

Bom, vamos pular o “Once upon a time”e ir pro: lá estava em chegando em Bonn, dia 02 de janeiro de manhã, correndo para não chegar atrasado no primeiro dia de trabalho na Deutsche Welle. Eu estava vindo de uma cidade vizinha (Solingen) onde passei o natal e ano novo e a ideia era deixar as malas no quarto que iria alugar e me apresentar no trabalho às 10h. 


Cheguei no local, um quarto que fica no terceiro andar de um prédio antigo e logo coloquei as malas na porta – prestem atenção nesta parte: uma mala tinha 31 kg, quase o limite da cia aérea e a outra com cerca de 20 + a mochila e a roupa de frio que pesava sobre o corpo e tornava tudo mais complicado e desgastante. 

Eu estava adiantado e mandei um SMS para a IDIOTA (logo vão saber o porquê) que ia repassar o quarto, que ela alugara outrora, pra mim. Mas então a IMBECIL me respondeu o  SMS dizendo que não poderia ir até o local pois estava doente e que não tinha falado com o dono do ap/quarto.

Então, o que eu poderia fazer com tanta bagagem no primeiro dia útil do ano e há meia hora de começar no novo emprego? Ainda liguei pra ela para ver se poderia ao menos permitir que eu deixasse as malas lá e depois resolveríamos com o proprietário, mas a BOVINA não atendeu de propósito. 

Por sorte eu tinha pesquisado outros lugares e consegui uma quarto no porão. A casa é de um professor de história e religião. Fiquei com medo dele ser um psicopata ou coisa do tipo, mas acho que não. Quando a gente está na sala e vê TV ele olha o tempo todo em direção ao aquário dele, embora não olha para este objeto. Não, não me perguntem o que ele olha que eu ainda não entendi, mas ok. Tem coisa que é melhor a gente não saber mesmo.rs
A casa onde estou hospedado

O que aconteceu com a LOUCA que me deixou na mão? Nada , assim como no Brasil. O que eu poderia fazer? Esse tipo de gente tem em todo lugar do mundo 

Mas então,  que nome se dá a uma pessoas que deixa você na rua com duas malas (31 e 20 kg) uma mochila, 6°C e atrasado para seu primeiro dia de trabalho? ..... foi o que eu pensei.rs

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Um corintiano barrado na Europa

Quando fui abordadoeu estava naquele túnel a direita
 “Ah, como é bom estar de volta ao velho continente.” Era no que eu estava pensando ao desembarcar do avião, o 474 da foto, em Frankfurt na Alemanha. Quando, de repente, surge do nada (como se fosse o mestre dos magos) um cara com roupas civis e diz “Federal Polizei, zeigen sie bitte ihren Pass”. Enfim, vocês entenderam né? “Polícia Federal, cade o passaporte vagabundo”. Ok, não foi uma tradução literal, mas foi o que ele quis dizer. rs

O motivo de meu espanto e que me leva até a escrever sobre isso? Poxa, eu tinha acabado de desembarcar, estava no túnel ainda, nem cheguei na parte da imigração. E é meio constrangedor todo mundo passando e te olhando enquanto tira o passaporte da mochila. 

Aposto que estavam pensando: Tinha que ser CORINTIANO. Pois é! Eu estava com a camisa da Gaviões da Fiel. Do mesmo jeito que estava no foto do embarque, mas com uma jaqueta por cima. Após a invasão no Japão, somos visados no mundo todo. Discriminação! Vou processar a União Europeia. Por sorte conheço uma excelente futura advogada (piada interna). rs

Antes que alguém faça alguma piadinha dizendo que só agora corintiano tem passaporte ou fama internacional, gostaria de mencionar aqui o que aconteceu comigo em Paris em 2007. Naquele verão de quase 40 graus (não dou sorte com a temperatura deste lado do Atlântico) estava eu com a camisa do Timão no Arco do Triunfo, querendo apenas uma simples foto de recordação e me
Paris em 2007
 aproximei de um casal de origem oriental. Não me perguntem se eram japoneses, chineses ou coreanos,em bora eu imagine que esta opção é a mais provável. Enfim, o cara aceitou tirar uma foto minha, mas de repente a esposa cochichou-lhe algumas coisas ao pé do ouvido e o Jaspion devolveu minha câmera e se afastou. Eu disse: Sorry? E o casou continuava a se afastar. Mais uma vez discriminação com um CORINTIANO e é claro que estes micos não podem passar em branco. Um casal de brasileiros que passava por ali gritou: Se deu mal em corintiano!
Fod... né? rs

domingo, 12 de dezembro de 2010

Tiririca no Congresso porque o povo quis assim

Fim da discussão! O nobre Deputado Federal Francisco Everardo Oliveira Silva (Tiririca) provou que sabe ler e escrever, sendo assim considerado apto a exercer a função.

No entanto cabem aqui duas observações:

1- Será mesmo que para ser considerado capaz a ocupar um cargo de Deputado Federal – que tem a missão de legislar e defender as leis da Constituição Federal do Brasil de 1988, além de ter o poder para propor, alterar e revogar leis - basta saber ler e escrever? O que houve com a interpretação de texto, os cálculos, a geografia, a história, etc? Por que não submeter TODOS os políticos ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)? Teste ao qual são submetidos todos os estudantes, que, com todo a certeza, neste momento não tem a mesma responsabilidade que um Deputado.

2- Mas independentemente se o Tiririca sabe interpretar um texto ou apenas ler algumas frases, se ele saberá elaborar uma lei ou apenas se manifestará nas eleições, o fato é que as pessoas sabiam em quem estavam votando. Mais de 1,3 milhão de cidadãos votaram conscientemente em um ator ou palhaço, seja por protesto ou por qualquer outra razão e agora estes eleitores, assim como os demais, terão que conviver com isso. Foi uma escolha democrática e incontestável. Sendo o Senhor Silva um bom político ou não, todos terão que conviver com isso e quem sabe nas próximas eleições este 1,3 milhão de eleitores descobrem uma outra de tentar mudar o cenário político ou de protestar, pois este último protesto terá duração de quatro anos.


quarta-feira, 31 de março de 2010

Jornalismo mantém a sociedade viva!

Vimemos em tempos de desconfiança na sociedade, de uma forma geral. Não se confia nos políticos, os policiais podem ser tão perigosos quanto os bandidos e a cada dia descobre-se um novo inimigo íntimo, filhos e pais andaram matando uns aos outros. Mas será que ainda vale a pena viver, mesmo neste caos?

Deixemos a resposta à esta pergunta para depois, por hora lembremos que em meio a essa confusão, há jornalismo, que é a última ferramenta que resta para manter o discernimento entre o certo e o errado, ou pelo menos tentar lembrar a sociedade do que é aceitável para uma civilização desenvolvida.

É verdade que esta instituição suprema, se assim podemos dizer, ou talvez chamar apenas de quarto poder, tem sofrido vários golpes de outras forças para que se enfraqueça, como a queda do diploma, a censura do governo ou até mesmo o interesse dos “patrocinadores”, que restringem consideravelmente o campo de ação de bravos guerreiros, simplesmente denominados como jornalistas, ou sonhadores. Ah! Por falar em sonhos, muitas vezes eles caem por terra na própria faculdade, onde alguns professores, que provavelmente já desistiram da luta, jogam um balde de água gelada nos pobres principiantes, desestimulando os a tentar, pois acham que é uma causa perdida e infelizmente alguns soldados nem chegam a ir a campo.

Mas censura, dinheiro, desistentes e fracos a parte, muitos persistem com a ideia de que podem fazer algo para manter a sociedade “viva”, em alerta, e quem sabe até mesmo resgatar alguns valores básicos que andam meio esquecidos, como a ética profissional e pessoa, por exemplo. Estes não se entregam ao ouvir que não são pagos para pensar e vão adiante com a esperança de fazer um jornalismo justo e igualitário dando destaque para todas as classes e comunidades.

Se ainda vale a pena viver, não há dúvida de que ainda vale a pena ser jornalista, afinal a sociedade precisa de alguém para trazer informação de qualidade e interesse público. E se há interesses contrários de diversos poderes,cabe ao jornalista ter jogo de cintura para publicar o que determina sua linha editoria, sem perder a ética e sempre encaixar informação realmente relevantes à sociedade.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Independência ou Protesto!

Centenas de manifestantes se reuniram na capital paulista, no dia de comemoração da independência do Brasil, para exigir a saída imediata de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado e protestar contra o Presidente Lula, que o tem apoiado. A concentração foi em frente ao Masp, por volta das 14h e houve uma marcha de ida e volta até a Consolação.


Ao mesmo tempo que ocorria o desfile dos militares no Anhembi, para celebrar o 7 de setembro, jovens, adultos e idosos aproveitaram a data para mostrar sua indignação contra a situação atual da política no Brasil. Seu principal alvo foi o senador José Sarney, que recebeu 11 acusações, apresentadas no Conselho de Etica, entre elas, estão as suspeitas de envolvimento com os atos secretos do Senado, possíveis irregularidades na fundação que leva o seu nome e operações de seu neto com crédito consignado. Todos os pedidos de investigação foram arquivados. Por isso as pessoas pedem que ele se afaste da presidência e permita as investigações.


Além disso, o Presidente Lula também foi criticado pelos manifestantes, por solicitar que a bancada governista no senado, não apoie a saída de Sarney e por defender diversos outros políticos envolvidos em escândalos desde que assumiu a presidência. Outros políticos ligados ao governo também foram citados.

Mas entre tantos criticados surgiu um herói, o Senador Eduardo Suplicy, que em ato simbólico, mostrou um cartão vermelho ao Sarney em uma das sessões do senado, demonstrando sua posição em relação ao assunto e assumindo sua opinião contrária a do partido e do Lula. Na manisfestação, muitas pessoas também usaram um cartão vermelho aprovando a atitude de Suplicy e reforçando o exigência de saída do Presidente do Senado.

Houve quem dissesse que o protesto não levaria a nada, mas ficar em casa muito menos. Um dos gritos de guerra dos manifestantes mostrava bem essa idéia: “Você que está olhando, o Sayney está te roubando”. Obviamente ainda não teve o mesmo impacto que a “Independência ou Morte” de Dom Pedro I, à 7 de setembro den 1822, mas eles lutam para que seja o marco de mais uma independência, novamente do Brasil, mas relação a falta de ética na política.

(por Frank Hörnke - 07/09/2009)